Finalmente conheci o Vale dos Vinhedos! Na Páscoa desse ano (abril 2017) eu fui pra lá com a família pra comemorar o aniversário da minha mãe e a viagem foi maravilhosa! ♥
Update: estive no Vale dos Vinhedos em setembro de 2018 e incluí mais algumas informações no post!
Sobre o Vale dos Vinhedos
Localizado no Rio Grande do Sul, entre os municípios de Bento Gonçalves (que corresponde a 60% do território), Monte Belo do Sul e Garibaldi, o Vale dos Vinhedos representa o legado histórico, cultural e gastronômico deixado pelos imigrantes italianos que chegaram à Serra Gaúcha em 1875.
O que fazer por lá? Visitar pequenas propriedades rurais, vinícolas familiares e até mesmo as maiores, conhecidas internacionalmente e que exportam vinho e espumante para diversos países do mundo. Além disso, aproveitar a gastronomia colonial, restaurantes, bistrôs, armazém de queijos, doces e geleias. Tudo isso com muito charme, paisagens lindas e muito verde.
Não sei quantas vinícolas são no total, mas segundo a Aprovale (entidade que reúne vinicultores e empreendimentos ligados à cultura e ao Enoturismo), são mais de 30 – que estão abertas à visitação durante o ano inteiro. Algumas oferecem tour/visita guiada, degustação, harmonização, mas vou falar sobre isso nos próximos posts.
Denominação de Origem
Os vinhos produzidos no Vale são os únicos no Brasil com Denominação de Origem (DO). A região foi a primeira no país a obter a Indicação Geográfica.
Como chegar
O Vale dos Vinhedos está localizado a 120km de Porto Alegre, capital gaúcha.
Tem como ir de ônibus? Tem! A passagem executiva de Porto Alegre custa em torno de R$ 45 (o trecho) e vai até Bento Gonçalves, mas de lá você tem que pegar outro transporte. O Vale dos Vinhedos não fica dentro de Bento Gonçalves, fica a uns 3km e tem que atravessar a RS 470.
O jeito mais fácil e confortável é ir de carro, até porque esse vai ser o transporte mais prático dentro do próprio Vale.
Lá é tudo bem sinalizado, mas no mapa abaixo a gente consegue ter uma visão geral da região e onde fica cada vinícola/restaurante. Também dá pra se localizar pelas linhas: Linha Leopoldina (norte) e a Linha Garibaldina (sul).
As estradas/vias do Vale não são projetadas para pedestres. Sei que algumas empresas organizam tours de vans e ônibus, alguns hotéis oferece transporte, mas o carro te dá mais liberdade.
Serra Gaúcha
Como toda a região da Serra Gaúcha, o Vale dos Vinhedos tem casarões e construções antigas lindas, ruas empedradas e muito charme.
Gramado e Canela
A distância de Gramado/Canela até o Vale dos Vinhedos é a mesma que de Porto Alegre até o Vale, 120km. Muita gente acha que ser por Serra Gaúcha fica tudo perto, mas a serra é grande e só vale a pena combinar os destinos se você tiver um bom tempo pra explorar tudo com calma. Caso contrário eu faria em viagens independentes.
Novidade! Enquanto pesquisava algumas coisas para o post eu descobri que a Citral (empresa de transporte rodoviário) lançou um passeio chamado “Circuito dos Vinhos”, que pelo que eu entendi parece bastante com o sistema daqueles ônibus da linha de turismo que a gente vê pelo mundo, hop-on hop-off: você escolhe o que quer conhecer, onde parar e quanto tempo ficar em cada vinícola.
Pelo que eu entendi esse passeio acontece apenas nas sexta-feiras e parte de Gramado, Canela e Nova Petrópolis. Seria legal se partisse de Porto Alegre e dos principais hotéis do Vale dos Vinhedos, né?
Hospedagem
Tem como se hospedar em Bento Gonçalves e nas cidades vizinhas, mas a minha dica é ficar dentro do Vale dos Vinhedos ou o mais próximo possível possível.
Dentro do Vale dos Vinhedos
Quando pesquisei sobre hospedagem, há alguns anos, eu me apaixonei pela Pousada Borghetto Sant’Anna, que parece ser super aconchegante e charmosa.
O Spa do Vinho é um dos lugares que mais bombam por lá. A vista de lá é linda e o spa é todo com produtos da Caudalie. Eu fiz a “Harmonização do Pôr do Sol” lá.
Ainda dentro do Vale dos Vinhedos tem também Hotel Villa Michelon e a Casa Valduga.
Fora do Vale dos Vinhedos
Hotel Casacurta, em Garibaldi, e a Pousada Don Giovanni, que fica dentro da vinícola com o mesmo nome, em Pinto Bandeira.
Tem outras opções? Sim, mas essas foram as que eu mais gostei enquanto pesquisava e lia a respeito.
Dica: procure a hospedagem com antecedência, principalmente se for para finais de semana e feriados! Fizemos a reserva em dezembro de 2016 e na época já não tinham muitas opções para o feriadão de Páscoa em abril.
Na primeira vez que eu estive no Vale dos Vinhedos nós acabamos nos hospedando no Super 8, uma rede de hotéis mais econômica, bem no estilo Ibis. Localizado bem próximo a um dos acessos ao Vale dos Vinhedos, o Super 8 é bem simples e não tem o charme da serra, mas é bem novo, limpo e as diárias são mais em conta que os outros da região. Nós pagamos R$ 172 por noite para 2 pessoas.
Em setembro de 2018 eu retornei para o Vale dos Vinhedos e fiquei hospedada no Hotel Casacurta, em Garibaldi. De lá até o Vale dos Vinhedos são apenas 12km de distância. Foi uma experiência incrível!
Gastronomia
Além do Spa do Vinho, que acabamos ficando para jantar depois da harmonização, também conhecemos outros três lugares: Valle Rústico Restaurante, Pizza Entre Vinhos (não achei site, mas é dos mesmos donos da Mamma Gema) e Restaurante Maria Valduga, que fica dentro da Casa Valduga. Todas as opções eram bem diferentes entre si e foram certeiras, adorei!
Em setembro de 2018 eu retornei ao Vale dos Vinhedos e acabei conhecendo a Trattoria Primo Camilo (Garibaldi), Osteria del Valle e o Mamma Gema Trattoria.
- Pra ler o post sobre o Restaurante Valle Rústico é só clicar aqui.
- Para ler o post sobre a Trattoria Primo Camilo é só clicar aqui.
- Para ler o post com a lista de onde Comer e Beber no Vale dos Vinhedos é só clicar aqui. Além de todos os lugares que eu fui, eu citei alguns outros que estão na minha lista.
Queijos e doces
- Casa Madeira: sucos, geléias e creme balsâmico. Mas também tem a linha de cosméticos Vinotage, que é feita a partir do vinho e algumas bebidas, como espumantes e a Cerveja Leopoldina. Tanto a Casa Madeira quanto todos os produtos e linhas são de produção própria e pertencem ao Grupo Famglia Valduga. Eu experimentei algumas geléias e gostei bastante, mas acabei comprando o antepasto italiano. Endereço: Via Trento 3355, Linha Leopoldinha – Vale dos Vinhedos.
- Queijaria Valbreta: queijos e outros produtos coloniais. Eu comprei o queijo saint paulin com nozes e o queijo fundido com alho e salsa. Delícia! Endereço: RS 444 (km 16), número 2.660 – Vale dos Vinhedos.
- Quinta do Joaquim: queijos e outros produtos coloniais. Não lembro exatamente o que eu comprei, mas era um queijo pecorino.
- Mondé Chocolates: não em perde nada para os chocolate de Gramado. O 70% cacau belga é uma delícia!
O bom é que em todos esses lugares tem degustação para poder experimentar antes de comprar.
Quando ir
As vinícolas recebem turistas o ano inteiro e cada estação tem o seu charme e atração. Eu fui no outono e a temperatura estava bem agradável, peguei um pouco de sol num dos dias, mas nos outros foram tempo cinza e chuva – mas felizmente não atrapalhou a programação. Quero muito voltar no verão durante o período da vindima (época da colheita da uva) e participar da programação especiais que eles fazem (picnic, colheita, etc).
Além do Vale dos Vinhedos
Nem só de Vale dos Vinhedos vivem os vinhos do Rio Grande do Sul, né? É possível encontrar vinícolas incríveis ao redor do Vale dos Vinhedos, como é o caso da Cave Geisse e da Valmarino que eu visitei em Pinto Bandeira – região conhecida por originar os “Vinhos de Montanha”.
Pelo que ficamos sabendo lá e pelo que andei lendo, a região de Pinto Bandeira está para receber a Denominação de Origem para espumantes, tornando-se assim o único lugar fora da Europa a ter essa certificação. Demais, né? Segundo a Lindiane, que foi quem conduziu a degustação na Vinícola Valmarino, a região vai ter o selo Altos de Pinto Bandeira.
Uma vinícola que eu quero muito ir é a Luiz Argenta, que fica em Flores da Cunha, a uns 70km de distância do Vale dos Vinhedos. Em fevereiro de 2018 eu acabei conhecendo a Luiz Argenta! Pra ler o post é só clicar aqui.
As vinícolas
Tem como fazer um bate-volta no Vale dos Vinhedos? Tem! Se essa for a sua única opção ok (melhor que nada, né?), mas é tanta coisa pra ver, tanto vinho e espumante pra degustar que dá pena fica tão pouco tempo.
Duas coisas bem importantes: a maior parte das vinícolas fecham por volta 17h e algumas (poucas) não abrem aos domingos.
Nos próximos posts vou contar um pouco mais sobre os lugares que eu visitei, mas vou listar aqui as vinícolas que visitei por lá:
- Cave Geisse (Pinto Bandeira)
- Valmarino (Pinto Bandeira)
- Almaúnica
- Spa do Vinho
- Cavas do Vale
- Vinhos Larentis
- Gran Legado (visitei apenas a loja/varejo)
- Milantino
- Pizzato Vinhas e Vinhos
- Casa Valduga
UPDATE
- Luiz Argenta (Flores da Cunha, fevereiro de 2018)
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Esta região é linda por demais! Adorei que o MMM passou por lá e agora trouxe suas preciosas impressões. E lindas fotos!
Serra Gaúcha rocks! A região é muito linda e o melhor de tudo: é aqui pertinho!
Obrigada, Juci! 🙂
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[…] Quase tudo sobre o Vale dos Vinhedos com váaarias dicas sobre a região. Pra ler é só clicar aqui. Lá também tem um índice para os posts de todas as vinícolas que eu […]
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[…] Fazia tempo que eu queria conhecer a vinícola Luiz Argenta, em Flores da Cunha (Serra Gaúcha) inclusive comentei sobre ela no post Quase Tudo Sobre o Vale dos Vinhedos (e arredores). […]
[…] Pra saber (quase tudo) sobre o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, é só clicar aqui. […]
[…] Pra saber (quase tudo) sobre o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, é só clicar aqui. […]
[…] vinícolas abrem o ano inteiro e, assim como eu comentei sobre post sobre o Vale dos Vinhedos, cada estação tem o seu […]