A primeira vez que eu estive em Liverpool foi em novembro de 2010. Na época eu morava em Dublin e fiz um bate e volta de avião. Lembro que chegamos de manhã na cidade e fomos embora no primeiro voo do dia seguinte. Não pegamos hotel/hostel, ficamos no The Cavern Club até fechar e de lá fomos pro aeroporto. Foi bem cansativo e prometi que na próxima vez eu ficaria pelo menos dois dias na cidade, sem correria. Acontece que eu voltei em março desse ano e esqueci tudo o que eu falei, haha. Na verdade eu não esqueci, mas eu não tinha taaantos dias em Londres, então ir e voltar pra Liverpool no mesmo dia foi a solução.
Não custa lembrar: Liverpool foi onde a melhor banda do mundo nasceu. A cidade tem muita coisa que gira em torno dos Beatles e esse foi o foco da minha viagem – tanto na primeira, quanto na segunda vez. A minha dica é: se você é fã de Beatles, de rock ou… de música, conheça Liverpool! ♥
Chegando em Liverpool
Depende do ponto de partida, mas dá pra ir de avião, de carro, de ônibus ou de trem. Em 2010 eu fui de avião. A Ryanair era super em conta e acho que não paguei nem €20 pelos trechos Dublin – Liverpool – Dublin.
Esse ano eu ia partir de Londres e a melhor opção que encontrei, sem dúvidas, foi trem (pela Virgin Trains). Avião tava bem mais caro e é uma função e ônibus é barato, mas demora (são mais de 350km). Comprei a passagem pela The Train Line um mês antes, ainda no Brasil. Os preços variam MUITO por horário, por exemplo, o trem a partir das 7h era + ou – £100 e o que eu peguei, às 5h30min da manhã custou £14, ou seja, além de tentar comprar com antecedência, vale a pena procurar as opções off-peak. Partimos da Euston Station (em Londres) e 2h30min depois chegamos em Liverpool, na estação Lime Street (que é bem central).
Programação
Chegamos super cedo em Liverpool e chovia/ventava MUITO. Aproveitamos pra comprar o ingresso pro Magical Mystery Tour no balcão de informações turísticas na própria estação de trem e escolhemos fazer o tour no horário das 13h, pra ver se dava tempo da chuva passar.
Quando eu tava pesquisando sobre comer e beber em Liverpool eu achei o café Central Perk (que já fechou, infelizmente) todo temático sobre Friends, a minha série favorita de todos os tempos.
De lá fomos caminhando até o Cavern Quarter, demos uma voltinha e fomos pro The Beatles Story. Almoçamos no café que tem lá dentro e partimos pro Magical Mystery Tour, que encerrou no The Cavern Club. Nesse post vou contar mais sobre o museu e tour. Em outro post falarei sobre Cavern Quarter e tudo que tem por lá.
The Beatles Story
Britannia Vaults, Albert Dock | £14.95 adulto, £11,50 sênior/estudante, £9 crianças.
O museu apresenta de forma cronológica a história da formação dos Beatles, as inspirações e referências, a história da música, o sucesso mundial da banda e finaliza com a carreira solo de cada um. O tour é feito sem guia, mas tem a opção de usar um áudio (inclusive em português).
Junto com tudo isso eles recriaram cenários que tiveram algum impacto na história dos Beatles, como por exemplo, o The Cavern Club, Strawberry Fields, Abbey Road, o Yellow Submarino, entre outros. É tudo muito bem feito!
Eu demorei um pouco mais de 1h para chegar até o fim. Passei na lojinha de souvenir (as always) e almocei rapidinho no café que tem dentro do próprio museu porque já tava na quase hora de iniciar o Magical Mystery Tour.
Mais informações sobre o The Beatles Story aqui.
Magical Mystery Tour
Anchor Courtyard, Albert Dock | £16,95 libras
Como comentei ali em cima, eu comprei o ingresso antecipado no balcão de informações da estação de trem, mas também dá pra comprar no local, em outros pontos ou online. Tem saídas a partir das 10h30 de segunda à sexta-feira e a partir das 10h nos sábados e domingos. O meu tour começou às 13h.
O tour tem duração de + ou – 2h30 e era guiado e em inglês. O sotaque era bem carregado, mas o guia era bem animado e, além de saber muito sobre os lugares, era superfã de Beatles.
O primeiro destino foi a rua da casa em que Ringo Starr nasceu e morou por alguns anos (Madryn Street, 9).
Fomos também na rua da casa que ele morou durante a adolescência e a fase adulta (Admiral Road, 10). Em nenhum dos dois lugares nós descemos do ônibus.
A próxima parada foi Penny Lane. Descemos para tirar fotos com a placa, mas o guia explicou que o lugar que Paul e John se referem na música era um pouco mais adiante, em uma rotatória que tinha um ponto de ônibus no qual eles costumavam esperar pelo transporte. Passamos nessa rotatória algumas vezes durante o passeio.
Depois fomos conhecer a fachada da casa onde George Harrison nasceu e morou durante a infância (Arnold Crove, 12).
Um dos lugares que eu mais queria voltar era Strawberry Field, porque em 2010 eu passei rapidamente por lá. Dessa vez descemos e tiramos fotos, yay!
Strawberry Field era um lar para crianças sustentado pelo Exército da Salvação localizado bem próximo da casa que John morou durante a infância. John costumava brincar na região e frequentava, junto com sua tia Mimi, a festa anual que acontecia nesse lar.
O local ficou famoso em 1967, quando os Beatles lançaram o single “Strawberry Fields Forever”, escrita por John e que anos depois fez parte do álbum Magical Mystery Tour.
O portão vermelho da fachada ficou bastante conhecido e chegou a ser roubado por um fã dos Beatles – e foi recuperado dias após o acontecido. Em 2011 o portão foi substituído por uma réplica. Pelas fotos que tirei (em 2010 e 2015) eu não notei diferença.
Next stop: casa em que John Lennon viveu da infância até os 22 anos (Menlove Av, 251). A casa foi comprada pela Yoko e doada ao Patrimônio Britânico.
A placa azul da fachada (“blue plaque”), que também encontramos em toda a Inglaterra e Reino Unido, é uma forma de homenagear e sinalizar a residência ou local de trabalho de personalidades que tiveram alguma importância. Pelo que li, eventos importantes também ganham essa sinalização. Essa placa envolve várias regras, tais como: o homenageado pode ou não ser britânico, mas deve obrigatoriamente ter vivido em Londres durante algum período da sua vida e, além disso, deve ter morrido há mais de 20 anos e/ou ter completado pelo menos 100 anos do seu nascimento.
Mas voltando ao tour…
A casa é aberta para visitação, mas isso não está incluído nesse passeio. A próxima parada foi a casa onde Paul McCartney morou (Forthlin Road, 20) e que, desde 1955, também pertence ao Patrimônio Britânico. Foi nesse endereço que os Beatles compuseram e ensaiaram as primeiras músicas e, consequentemente, é considerado o local de nascimento da banda.
Nessa parada nós descemos para tirar fotos na fachada, mas assim como a casa de John, a visitação da parte interna da casa não está incluída nesse passeio.
Também passamos pelas escolas em que os quatro estudaram, pela igreja St. Peter (foi no salão paroquial desse igreja que Paul e John se encontraram pela primeira vez) e por alguns pontos turísticos da cidade.
O passeio acaba bem próximo do The Cavern Club, que vou falar em outro post.
O passeio todo é incrível. É quase inacreditável conhecer tanto sobre a história da música e sobre a minha banda favorita. ♥
Mais informações sobre o tour aqui.
Fica pra próxima
The Beatles’ Childhood Homes
Eu gostaria muito de ter feito o passeio pelo interior da casa de John e Paul, mas ele só acontece de março à novembro e eu fui pra Liverpool em fevereiro. Além disso, é preciso comprar com antecedência e agendar online (ouvi dizer que não tem como comprar na hora).
Para mais informações sobre preços e disponibilidade de datas é só clicar aqui.
The Beatles Hidden Gallery
Exposição com fotos raras dos Beatles do artista Paul Berriff. O nome do lugar até faz sentido, porque eu não fazia ideia dessa galeria até uma americana que tava no Magical Mystery Tour me contar. E eu nem achei que fosse tão legal, mas olhei as fotos depois e me arrependi de não ter ido. A exposição faz parte do The Beatles Story, mas em outro prédio. Mais informações aqui.
Já fiz post sobre The Beatles e Londres, com a Abbey Road, Abbey Road Studios e a casa do Paul McCartney. Pra ler é só clicar aqui.
[…] mais informações sobre Liverpool Já fiz um post falando sobre Liverpool, pra ler é só clicar aqui. Ainda tô devendo a segunda parte, mas esse post aqui é pra falar especialmente de três pontos […]